TALVEZ EU VIVA

Uma vez eu quis,

mas me veio o talvez.

E o que eu fiz?

Não fiz.

Sorri e aceitei.

- Numa próxima talvez!

Pensei.

E o que eu quis?

barrou no talvez.

Talvez eu me case,

ou namore, talvez.

Não sei!

Vivi de "talvez".

O que eu quis?

Não vivi, nem busquei.

Só sorri e aceitei

que talvez fizesse.

Vivesse!

E uma vez

a velhice me desfez.

Torne-me fraco,

Sem tempo,

Sem lucidez.

A morte apareceu

falando em vez,

chegara a minha vez.

Maldita morte!

Aparece aos pinotes

E não respeita o meu TALVEZ.

Nilson Rutizat
Enviado por Nilson Rutizat em 01/07/2019
Código do texto: T6685760
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