TALVEZ EU VIVA
Uma vez eu quis,
mas me veio o talvez.
E o que eu fiz?
Não fiz.
Sorri e aceitei.
- Numa próxima talvez!
Pensei.
E o que eu quis?
barrou no talvez.
Talvez eu me case,
ou namore, talvez.
Não sei!
Vivi de "talvez".
O que eu quis?
Não vivi, nem busquei.
Só sorri e aceitei
que talvez fizesse.
Vivesse!
E uma vez
a velhice me desfez.
Torne-me fraco,
Sem tempo,
Sem lucidez.
A morte apareceu
falando em vez,
chegara a minha vez.
Maldita morte!
Aparece aos pinotes
E não respeita o meu TALVEZ.