O Início
Um desperdício,
Um resquício,
A sobra de um todo.
Desperdiçado em prantos
No qual se refugia,
Um resquício de esperança.
Era fugaz.
Como um lampejo invísivel aos olhos,
A esperança se apagava;
Seu refugio se quebrava;
E seu pranto, de outrora, secava.
A sobra de um todo:
Um vazio estridente.
Um vazio que fazia as mais cálidas orações,
Clamarem por esperança.
Um vazio que fazia o mais ensurdecedor dos gritos,
Tornar-se inaudível.
Um vazio que fazia o coração mais corajoso,
Quebrantar-se em pranto e agonia.
Eis o vazio.
Do qual o denomino como:
O início.
O início de tudo o que já existiu.
E o fim de tudo o que existirá.