O Início

Um desperdício,

Um resquício,

A sobra de um todo.

Desperdiçado em prantos

No qual se refugia,

Um resquício de esperança.

Era fugaz.

Como um lampejo invísivel aos olhos,

A esperança se apagava;

Seu refugio se quebrava;

E seu pranto, de outrora, secava.

A sobra de um todo:

Um vazio estridente.

Um vazio que fazia as mais cálidas orações,

Clamarem por esperança.

Um vazio que fazia o mais ensurdecedor dos gritos,

Tornar-se inaudível.

Um vazio que fazia o coração mais corajoso,

Quebrantar-se em pranto e agonia.

Eis o vazio.

Do qual o denomino como:

O início.

O início de tudo o que já existiu.

E o fim de tudo o que existirá.

Milene Ambrósio
Enviado por Milene Ambrósio em 21/06/2019
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