Até mesmo os homens honestos precisam de patifes à sua volta. Existem coisas que não se podem pedir às pessoas honestas para fazerem.
Jean de La Bruyère
Patifes honestos
Arrota honestidade o tal sujeito:
eu sou isso e aquilo... eu sou o tal!
E chama, os demais, forças do mal,
e diz que o mundo é cheio de defeito.
E diz que qualquer dia dá um jeito
na corja mentirosa doutros lados,
e arrebata um bando de soldados,
e, assim, se sente pleno de direito.
Rumina honestidade, feito azia,
nos jantares faustosos dos honestos,
e sobeja as mentiras, para o resto,
no prato principal da hipocrisia.
E se diz um soldado da moral,
na guerra entre a mentira e verdade.
E se diz um pilar de honestidade,
num mundo corrompido e atual.
Esse tipo de honesto, e coisa, e tal...
Deixa o desonesto na saudade!