Rosa de guerra

Cavalgando por províncias longínquas,

Sob o infinito branco do inverno árido,

Encontrei uma vermelha flor

Tão fraca e solitária,

Mas vermelha, sob a neve profunda.

Dei-lhe de beber e a acariciei,

Mas não a tirei de sua casa,

"Pois amanhã seria primavera",

Comigo pensei,

"E ela há de primar bela".

Cavalgando por províncias longínquas

Sob o infinito verde da primavera viva

"Onde está aquela rosa?",

Ah, senão está com os antúrios

Amarantos, bogarins e cosmos?

Festejando na floresta,

Onde os monstros se escondem.

Ela é amarela e plácida no verão.

Mas no outono fui-me sem notar que se tornava branca.

Cavalgando por províncias longínquas,

Avistei, ao vento gelado a rosa branca

Sofrida, machucada, desolada,

Ela clamava pelas minhas mãos,

E num espinho escondido pus sangue

E ela era novamente era vermelha.

Ai, rosa, linda rosa, branca rosa

Pintada por qualquer cor,

Não ame o vermelho dos outros,

Contudo ache a sua própria cor,

Linda rosa.

Ai, rosa, guerreira rosa,

No inverno há de falir

Se as mãos que te ajudam

Continuar a ferir.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 11/06/2019
Código do texto: T6670420
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