As palavras penetram a alma

 

Há tantos perdidos, desencontrados
Que precisam ser achados
Que vivem entre ocultos prantos... sonhos, ilusões
Que se escondem em alegorias
Para que representem ser felizes 
Omitindo assim, suas ocultas feridas
Que não cura, porque insiste 
Em manter escondidas.

 

As palavras penetram
E entram nestes labirintos
Pelos sentimentos que não há como esconder  
E então, se aflora, e explora as emoções
Trazendo a tona para o lado de fora
Ainda que muito embora
Queira-se trancafiar entre sete chaves
Estas dores que vivem torturar a alma.

 

As palavras certas, nas horas certas
Tornam se torrentes, correntezas 
Que penetram nas fendas obscuras
Produzindo lágrimas 
Abrindo assim as comportas da alma.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 22/09/2007
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