Interlúdio
Entre dois atos
Há um hiato
Entre sonhos abstratos
Da realidade ao cognato
Entre o dia e a noite
Há um crepúsculo
Entre duas estações
Um sentimento minúsculo
Entre a vida e a morte
Da ode ao dilema
Entre o fraco e o forte
Há um singelo poema
Antes de uma nova era
A ascensão de uma fera
Amor e ódio
A razão impera
Depois do primeiro ato
O sonho torna-se insensato
A natureza volta aos seus eixos
Sem aqueles beijos
Porque a história continua
Mesmo quando a fantasia atenua
Pois entre dois mundos
Há um vasto espaço
Entre muitos segundos
Meu coração eu refaço
Oliver Yeager
1 de maio de 2019