''RELÓGIO''
O relógio de parede
É um devorador
De homens e mulheres
Mário Quintana já dizia
É o animal doméstico
Mais feroz que se possa ter
Penso o mesmo que ele
E escrevi esse poema
Chorando pelo meu relógio de parede
Que adoeceu
Muito eu chorei
Mas eu o curei
E coloquei na parede de novo
E quando o tic tac sarado
Passou pelos meus ouvidos
Foi aí que percebi
Que chorei
Por aquele que sempre roubou
Um dos meus bens
Mais preciosos...