Quantos sons...

O cão ladra com medo das sombras

A noite se agita e pássaros noturnos

Vão em busca de comida ou sobras

Esmagadas pelos pesados coturnos

O pensamento inquieto absorve vazio

De palavras não ditas no distante ano

E a face é o escoar de um discreto rio

E segue cada vez mais frio sem plano

Quantos sons adentram por essa casa

Vozes em sintonia em língua estranha

Traduzidas pelo sentir de amor e brasa

Que queimam o ser, a alma e entranhas.