Das profundezas do ser
O Homem é o acúmulo de suas neuroses
A hipérbole de seus primeiros traumas
O se atormentado por consciências atrozes
A extinção dos prazeres instintivos da própria fauna
O Homem é antena que capta os pensamentos
De quem morre, de quem sofre antes do suspiro final
Há uns que são perfeitas antenas dos sentimentos
Estes se anestesiam, o transe torna-se banal
Traumas, instintos, sinestesias e inconsciente
A razão não existe no Homem em movimento
O mais lúcido é por vezes um demente
Sorte ou azar são poderes titânicos do pensamento
Da morte só temos ecos, ecos distantes
A matemática é canção de notas dissonantes