Perdão
Se pintou de flor.
Decidiu que dali em diante seria amor,
Cumprimentou do porteiro ao Diretor.
Se pintou de luz,
Do raio de Sol sorriu,
Da gota de orvalho deduziu,
Que pode iluminar mais...
Se pintou de brisa,
Que ameniza a euforia,
Que corta o tesão do corpo.
Sem pedir perdão.
Não tem pra que pedir perdão.
Se pintou, se refez.
No dia desescuro amanheceu,
O porteiro não respondeu,
O orvalho já secou,
O tesão acabou.
Perdão, perdão, perdão.
*Licença poética para o desescuro- com sentido de "claro".