As janelas da minha alma
As janelas da minha alma
Quantas janelas têm a minha alma?
Já as contaste?
São tantas quantas, as da emoção.
São aquelas, as do coração.
Pois não tens outras…
E são os teus olhos, que as revelam,
e que lhes transmitem, o que vêm delas.
E de entre elas, qual a maior?
Qual é aquela, que te revela, mais sentimento?
Mais sensação, mais alegria.
Que te faz sorrir, e ser feliz.
Ou aquela que te vai iludir?
Que te vai dizer, ou disfarçar.
Às vezes ela, é capaz de o fazer!
Para te não ver a sofrer.
Mas também há, a da esperança.
Ah! Mais aquela a da temperança.
Que de tão modesta, despretensiosa,
É como a rosa do teu jardim.
E a da confiança?
Segura firme.
E tão ousada.
A que te dá aquelas asas, para voar.
E ir tão longe, a desvendar.
Segredos muitos.
Rotas de mundos.
Sendas, destinos
Para atravessar
Para chegar
Ao mundo novo
Ao homem novo
Não ao canalha
Que é um sonho a acalentar.
Mas mais aquela, a das lembranças.
Memórias que, te atormentam.
Ou as que, te amordaçaram.
Que te doeram.
Quase te mataram.
De assim sofrer.
E as que, te amaciaram?.
Que te tornearam a fantasia.
As da alegria.
Da exultação.
Do regozijo.
Da agitação.
Mas outras há, as da indiferença.
Da displicência.
Descontentamentos,
de maus momentos,
a ultrapassar, ou que ficaram sem perdão.
Teu coração não o quis dar.
Por lá ficou, a magoar.
A recordação que não deu perdão.
E tantas outras, as que na vida.
Se te abriram, de par em par.
Ás que te aliaste,
que te envolveram, de afeição.
Que foram, o teu imenso abraço.
Que apertaram os teus laços.
Que foram, o ombro do carinho.
E o miminho, que faz tão bem.
E mais as outras, que desperdiçaste?
Que destruíste sem percepção
Porquê então?
São os tais erros do coração…
Sem explicação.
Dessas não falam a nossa história
Ficaram sem glória….
Deixá-las lá
Esquecidas estão.
Restos de vida
Mas também foram,
tal como as outras,
janelas do coração.
De T,ta
20-09-07