BRISA HUMANA
Juliana Valis



A vida, hoje, parece-me um labirinto

Da terra ao céu, o coração já pede

Um só sentido a cada véu que sinto

Desfalecer na sombra que esse mundo cede...



E no profundo ápice de um simples sonho,

Lá, no alto, o tempo brada e nos conduz

A desvendar o enigma de um sol tristonho

Em cada réquiem de uma alma em luz...



E, sem calma, passo a perquirir meus versos

Entre os univernos de uma terna chama,

Eterna incógnita em sonhos tão dispersos,

Coração que chora, que transborda e ama,

Na dimensão que, agora, vejo meus inversos

Voando sós, ao vento, numa brisa humana.


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