Primavera ( trecho do livro Noites obscuras de Deisiane Oliveira)
Soneto 1:A Primavera
Doce crepúsculo,
Amando a vida desgastante,
A beleza da memória em cortar
a sabedoria,
Não como algo belo,
Mas como uma grave doença.
A maior sentença de um ser humano
É ser sábio e temer saber,
Viver a sombra de um homem,
Sem amar como um boneco,
Prefere ver o nascer do sol,
O cheiro de café,
O corpo queimando de desejo,
A cura pode ser a doença.
Qual teu desejo?
A porta se abriu,
Mas fechou do outro lado,
Não tente me conhecer,
Nunca sou quem mostro ser,
Na primavera perdemos nosso sentido,
Mas reconhecemos ser amados,
Onde está meu amado?
Bem do lado da outra janela,
Sinto como será meu futuro,
Amar deveria ser a razão de tudo,
De todas as coisas,
Mas o mundo escolheu a guerra.