SOL QUE NOS ACLAMA
Juliana Valis



Na vida, tanto suor e desventura

Inunda o âmago da esperança dita humana

Que todo verso desfalece, assim, sem cura

Na loucura de um sol que nos aclama...



E quando o sonho pede amor, já tão sem calma,

Nada mede a incerteza da ilusão,

Na correnteza que percorre toda alma,

Tudo escorre pelos céus do coração...



Pois não permita que a tristeza ocupe o cerne

De sua mente, quando faltar todo sentido,

Olhe o mar, em sua alma, verso inerme,

Veja o sol, assim disperso, nesse abrigo...




E quando a luz, em labirintos de uma paz,

Abrir seus olhos no equilíbrio tão humano,

Aqui, na alma, verá que o amor é tão voraz

Que vai além da estupidez, do mundo insano.



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