por trás da banca

revistas especializadas

nos mostram atores e atrizes

sempre sorrindo, felizes

como se fossem uns deuses

e nós os seus seguidores

ou como se fossem senhores,

poderosos soberanos,

e nós pobres seres humanos

carentes de felicidade

mas cheios da lealdade

de achar que eles tinham o direito

de ser tudo aquilo que eram

no entanto, poucos souberam,

dos que sempre compram a revista,

que às vezes se perde de vista

a banca do jornaleiro

quando não temos primeiro

com o que se preocupar

ou quando podemos achar

que quem é feliz, ao sorrir

nem sempre se denuncia

Rio, 17/09/2007