Os novos inquilinos do poder
Dentro dos calabouços do poder,
entre ratos furtivos e baratas,
os bichos, que ostentam duas patas,
aprendem facilmente a roer.
Vestidos em seus ternos e gravatas,
de colarinhos brancos engomados,
negam veementemente os seus pecados,
por sob mil senões e mil bravatas.
Assim dá-se a mudança, e nada muda.
E a cada dia fica mais polpuda
a pança do espúrio capital.
E os ratos e baratas, em festança,
ofertam os seus sobejos, como herança,
ao predador, herdeiro natural.
Não fosse algum deslize inusual,
ninguém daria conta da mudança.
É que um rato, seu moço, nunca cansa
de defecar nas sombras da moral.
Dentro dos calabouços do poder,
entre ratos furtivos e baratas,
os bichos, que ostentam duas patas,
aprendem facilmente a roer.
Vestidos em seus ternos e gravatas,
de colarinhos brancos engomados,
negam veementemente os seus pecados,
por sob mil senões e mil bravatas.
Assim dá-se a mudança, e nada muda.
E a cada dia fica mais polpuda
a pança do espúrio capital.
E os ratos e baratas, em festança,
ofertam os seus sobejos, como herança,
ao predador, herdeiro natural.
Não fosse algum deslize inusual,
ninguém daria conta da mudança.
É que um rato, seu moço, nunca cansa
de defecar nas sombras da moral.