De braçadas em copo d'água
Tudo isso me é pouco familiar,
desconfortável, novo, potencial.
Já aceitei, agora tenho que arcar,
Mesmo sabendo que pode continuar mal.
Estive sempre nadando contra a correnteza?
Ou estive, na verdade, boiando à deriva?
Se estou a salvo não tenho certeza.
É a falta de vontade, eu sendo extensiva.
Em terra nada de passos largos, mas de formiga.
Não há nada que me leve, nem mesmo o vento, para a direção certa.
Não velejo, apenas nado de braçadas em águas nada abertas.
Sou barrada por uma fronteira com a qual já trombei na vida.
Nado, nado e não vou a lugar algum que eu não conheça.
Tempestades vem e vão, me sacodem pra que eu não esqueça.
Admito, tenho medo, não deveria.
Com mais juízo, você também teria
Se se jogasse de um copo cheio a uma bacia.