Fé demais . . . Fé de menos . . .
No início irradiava fé e esperança
Sempre na igreja, louvando, dia e noite...
Após 40 anos, revoltada, partiu para longe !
Distante dos santos e dos padres...
Passou a destilar desconfiança
Já não lavava as roupas dos padres,
Muito menos o chão da igreja !
Arrependia-se de ter tido tanta fé...
Via desvios nos antigos “irmãos”
Não se conformava com o comportamento dos padres...
Sempre reclamando, tornou-se amarga
Chegaram: A hipertensão o diabetes e a angina
Já nem seu marido era mais admirado !
João, coitado... sofria, sem reclamar
Foi o que a vida lhe reservara,
Triste destino do pobre . . .
Agora, já sem sonhos,
Aguardava o fim, que se aproximava
Com o pouco de fé que lhe restou,
Esperava o tempo passar, sem ver horizonte algum . . .
Ter fé é muito bom,
Ruim é perdê-la . . .
Ofircopa