AO GENUFLEXÓRIO VIP
Aos "Vips",
Segue a mesma reverência fraudulenta
Em sinceros versos clarividentes.
Toda perplexidade às suas capas transparentes…
Que lhes deixam à vista nua e repugnante
Quando na exalação cáustica
De todo ópio perspirante que degrada o meio.
Condolências sinceras...a todos.
Às suas patéticas maquiagens decadentes
Que lhes encobrem porcamente;
Às suas dores nunca declaradas
Sempre escolhidas a dedos gloriosos,
Dentre toda a arrogância porca e vazia de sentido vital.
Aos...
Vips!
Congratulações poéticas de rejeito assombrado!
Por suas mazelas desumanas e vaidosas,
Sempre transfiguradas em soberba pífia,
Nunca outorgadas a esmo
Pelo tempo que a tudo sentencia!
Essas tantas obscuras rotas de cenas,
Rotas e aos pedaços,
Meras passagens relés pelas tantas negações invisíveis
Advindas do destino holístico de todos...embora
Para um todo sempre tão desigual e fragmentado.
Aos Vips ,
Também toda a IRREVERÊNCIA da poesia que se curva atônita,
Todavia sempre justa!
Sem uma polegada de insensibilidade!
A lhes conceder o direito do arbítrio livre de escolha legítima
A lhes oferecer e reverenciar, ato sempre contínuo
O alto e sacro ensaio dos seus próprios altares,
Em perene genuflexório arrogante
Na sua auto idolatria sempre altiva
Dos espelhos empoderados de si mesmos, de nada.
Ah, quantos e prevalentes Vips:
Progressão geométrica crescente em narcisismos,
Grandes e diferentes patéticos iguais
Em meio à pequenez da mesmice encenada
No compartilhamento dum palco terreno que arde .
Negassem -lhes o mesmo ar
Esse, em essência
Que circula nas entranhas da invisibilidade que lhes paira
E prontamente estariam sucumbidos
Na igualdade que oprime o todo desigual
Quando na falsa oferenda dum ar puro,sempre rarefeito.
Das vitrines que exibem o seu dispensável ao todo
Então,
Resfolegariam sem razão e sentido
Andarilhos e pedintes de auto- piedade
Fustigados,
Pelos mesmos e rasos chãos pisoteados por seus pés.
E o sol também lhes daria o troco.
A permanecer eternamente nublado
Sobre os chãos da TERRA do mesmo lodo escuro
Esse, que tinge de igual breu…
A ora imperdoável caminhada de seres a esmo.
A trajetória da mesma origem semântica,
A de HOMENS que nada sabem..