O PESCADOR

(Por Érica Cinara Santos)

Em mansas águas, vais indo com tua embarcação

Rumo ao pescado, a peleja diária

Sais tu, pescador, já quase na escuridão

Envolto em ocaso pisas o chão daquela praia

O ritmo rimado do remo faz o banzeiro

Bate na canoa e a empurra rio adentro

Avanças ora manso, ora ligeiro

Buscando, no lugar onde o peixe se aquieta, o centro

E com sabedoria e intuição, vais singrando esse rio

Parando onde tua experiência aponta

Jogas a rede num bailado sutil

Desenhando no ar uma beleza sem conta

E o anil do Tapajós te assiste

Junto ao lusco fusco do anoitecer

Peço a ti, pescador, não desiste

Desse labor que te alimenta e te faz engrandecer.

Obs: poesia feita para ilustrar a fotografia premiada de mesmo titulo (O PESCADOR) do fotografo Celso Lobo.

Érica Cinara Santos
Enviado por Érica Cinara Santos em 13/01/2019
Reeditado em 08/03/2020
Código do texto: T6549845
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