- Diga-me o que é que eu faço?

Gostaria de saber o que eu faço com os fragmentos

De sua alma que ficaram jogados no chão e que tive

Com cuidado juntar todos os pedacinhos e compreender.

O que é que eu faço?

E os sonhos de amor que foram também ditos e expostos

E que alguns tomaram para si e que dizias com ênfase: são seus!

O que é que eu faço?

E da sua vida que cantaste em prosas e versos, embora pouco.

Soube admirar e participar com sugestões não aceitas, e agora?

O que é que eu faço?

Das suas fugas fui conivente e sentia que eram só de brincadeira!

Deixavas os rastros de suas pegadas e te achar sempre foi fácil.

O que é que eu faço?

Com as fotos, as que roubaram são minhas e não sabes que existem,

Aquelas que enviastes ao meu pedido e que tanto alimentou o meu ser.

O que é que eu faço?

Não precisa responder, já sei o que irei fazer e ninguém me demoverá!

Dos fragmentos juntei pedaços e com alegria e tristezas tudo entendi.

Dos sonhos de amor eles se foram, mas, recordar é viver e estou vivo!

Só uma preocupação a vida em versos que não poderei ler mais.

Sem eles irão me fazer triste e cabisbaixo, não rancoroso, sentirei!

Como uma grande peça de teatro não poderá estar no seu palco.

Não serei um participante e nem de ti mais saberei! Só saudade!

Assim nesse momento de angustia que escrevo é o que penso!

Está-se errado diga-me o que é que eu faço? Se ainda mereço!

-------------------------------------------------------------------------------

LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 07/01/2019
Código do texto: T6544742
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.