Torrão de açúcar

Ela sorriu diante da brisa

que vinha abençoar seus sonhos mais íntimos;

estava flutuando na praça

pensando alto no amor da sua vida,

enquanto esperava pelo homem de terno e chapéu,

talvez com cigarro na mão...

Ele suava frio olhando a janela

o céu armara uma peça

formara um paredão escuro

que logo desabou em fúria.

A tromba d'água levou teu sorriso

enquanto mirava pálido,

ele sentia seu tempo escoando

e pensava nela,

no encontro,

na praça...

Ela se recolheu chorosa,

diante de tamanho abandono;

Ele se deitou estático,

pensando na coragem que lhe escapara;

Da chuva, o desencontro.

Nada de amor nem namoro.