A DROGA ANESTESIANTE DO PERDÃO

Senhor, dá-me sangue de barata

Para sufocar meus inimigos de bravata

Pois para perdoar é preciso não ter sentimentos

Para suportar a maldade só com sangue frio, sem lamentos

Senhor, dá-me drogas para aplacar meus ódios e frustrações

Pois só sedado para suportar safadezas e humilhações

Não suporto mais tantas críticas e intrometimentos

Não tenho privacidade, autonomia. Só aborrecimento

Ninguém me respeita. Minha opinião é lixo

Sou cada vez mais vulgar, apesar de prolixo

Sou marionete nas mãos do destino que me anula

Prefiro a liberdade de uma puta que as regras de uma santa pura

Só anulando as emoções para suportar fanáticos e hipócritas de plantão

Senhor, faz-me apático para tolerar e perdoar este mundo de competição!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 28/12/2018
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