Big Bang poético

Sentado na escuridão da minha alma

Refletindo sobre cada ação

No auge da minha calma

Sendo guiado pelas profundezas do meu coração

Em meio ao nada da minha mente

Ruge cada sentimento

O papel explode sorridente

A mente grita cada tormento

E surge uma tempestade em meu universo

E junto dela vai criando-se cada verso

A bagunça que não posso explicar

A bagunça que nem mesmo os anjos podem controlar

Em meio ao meu caos e paz

Rodeado das minhas loucuras

Liberto palavras de uma mente que talvez seja sagaz

Liberto-me de minhas torturas

E esse grandioso conflito

Chamo de big Bang poético

Onde em carne e alma habito

Onde abandono meu olhar cético

No meio da explosão de sentimentos

Grito ao mundo

Não negue o big Bang mais profundo

Pois é através dele que as almas perdidas salvamos

No caos do meu olhar

No conflito do meu falar

Na simplicidade do meu tocar

Na vergonha do meu estar

Crio-me

Nasci humano

Cresci humano

Tornei-me verso imperfeito

Buscando completar meu poema

Nesse eterno big Bang poético

Que vi ser meu dilema

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 25/12/2018
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