Lembranças para esquecer

Um pouco dela se foi naquele tempo

Tantas marcas, cicatrizes ainda doem

Palavras que cortavam feito facas

E o medo gritante em silêncio...

Ninguém imaginava o que por lá se passava

Entre aquelas paredes, dentro daquela velha casa

Aquele olhar que faiscava, aterrorizava

E ações inimagináveis a toda gente...

Tanto tremor, pavor, um grande ódio

Quantas lágrimas por nada poder fazer

Quem dera poder fazer aquele ser sumir

E jamais nessa terra aparecer;

Mas o tempo passou, e ela cresceu

Lembranças ainda estão lá, ainda doem

Não quer ver-se no espelho igual ao tal ser

Afastou-se, pois nada mais tem a fazer;

Muitos podem condená-la

Mas ela sabe que assim é melhor

Não lhe deseja o mal, pelo contrário

Apenas quer manter-se distante do que tanto

lhe fez mal!

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 21/12/2018
Código do texto: T6532381
Classificação de conteúdo: seguro