Lembranças para esquecer
Um pouco dela se foi naquele tempo
Tantas marcas, cicatrizes ainda doem
Palavras que cortavam feito facas
E o medo gritante em silêncio...
Ninguém imaginava o que por lá se passava
Entre aquelas paredes, dentro daquela velha casa
Aquele olhar que faiscava, aterrorizava
E ações inimagináveis a toda gente...
Tanto tremor, pavor, um grande ódio
Quantas lágrimas por nada poder fazer
Quem dera poder fazer aquele ser sumir
E jamais nessa terra aparecer;
Mas o tempo passou, e ela cresceu
Lembranças ainda estão lá, ainda doem
Não quer ver-se no espelho igual ao tal ser
Afastou-se, pois nada mais tem a fazer;
Muitos podem condená-la
Mas ela sabe que assim é melhor
Não lhe deseja o mal, pelo contrário
Apenas quer manter-se distante do que tanto
lhe fez mal!