Luzes artificiais

Promessas quebradas, cristais quebrados

Vidros partidos, rachaduras nas paredes

Escombros de uma alma vazia, quadrados

E pisos perfeitos, tecido de uma velha rede

Moldando o chão; tapete de pensamentos

Sonhos, sobras do livro de ilusão, tentação

Segmentos necessários pra transformação

Poesia, rimas, crematório dos sentimentos

Cinzas de uma saudade, ainda guardadas...

Vento varrendo vielas, velas vermelhas vão

Desenhando formas, um mundo sem noção

Pingo de cera; e a sala permanece fechada

Sem abraços e beijos, estranhos sons no ar

Propagandas de natal, luzes artificiais, sais

A mais no pão, amassado, cresce devagar

Sabor salgado, pelos ais e lágrimas atuais.

Meri Viero
Enviado por Meri Viero em 17/12/2018
Reeditado em 07/02/2019
Código do texto: T6529169
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