cogitando sobre a saudade
Saudade -( lembrança - dor – afeição)
Quando vem a saudade
É visita sem aviso
Aparece de repente
E cerca logo a gente
Não pede consentimento.
Ah! Saudade….
É uma ausência
Tão sentida….
Tão sofrida…
De tantas perdas vividas
Que me causam sofrimento
E tanto abatimento
E eu sinto aquela dor
Que me arrasa…
Me desgasta…
Que me tolhe…
Que me pega e me atira,
para o fundo de um abismo .
Um aperto no coração.
Respirar não consigo.
E uma ânsia continua.
Toma conta de mim.
E só conforto sinto.
Com as lágrimas vertendo,
Copiosamente correndo,
Milagrosamente fazendo.
A regeneração.
Até me abrandar,
o fragilizado coração.
Depois queda ficarei.
Num frangalho me tornarei.
Até que a dor se transforme.
Numa recordação consentida.
Tornada parte da minha vida.
Saudades são recordações.
Que na memória não se esgotam.
São lembranças que afluem
De grandes susceptibilidades
E que agora já pouco importam
Porque reviver passado?
Dizemos nós…
Mas ele faz parte da nossa vida!
Saudades, emoções sentidas.
E nem sempre consentidas.
Saudades o tempo as levou.
Mas também as traz de volta.
E acabam convergidas.
Em tudo o que se amou.
E que a vida nos roubou.
Em memórias de temperança
E torna-se nossa afeição.
De tta
07