cogitando sobre a saudade

Saudade -( lembrança - dor – afeição)

Quando vem a saudade

É visita sem aviso

Aparece de repente

E cerca logo a gente

Não pede consentimento.

Ah! Saudade….

É uma ausência

Tão sentida….

Tão sofrida…

De tantas perdas vividas

Que me causam sofrimento

E tanto abatimento

E eu sinto aquela dor

Que me arrasa…

Me desgasta…

Que me tolhe…

Que me pega e me atira,

para o fundo de um abismo .

Um aperto no coração.

Respirar não consigo.

E uma ânsia continua.

Toma conta de mim.

E só conforto sinto.

Com as lágrimas vertendo,

Copiosamente correndo,

Milagrosamente fazendo.

A regeneração.

Até me abrandar,

o fragilizado coração.

Depois queda ficarei.

Num frangalho me tornarei.

Até que a dor se transforme.

Numa recordação consentida.

Tornada parte da minha vida.

Saudades são recordações.

Que na memória não se esgotam.

São lembranças que afluem

De grandes susceptibilidades

E que agora já pouco importam

Porque reviver passado?

Dizemos nós…

Mas ele faz parte da nossa vida!

Saudades, emoções sentidas.

E nem sempre consentidas.

Saudades o tempo as levou.

Mas também as traz de volta.

E acabam convergidas.

Em tudo o que se amou.

E que a vida nos roubou.

Em memórias de temperança

E torna-se nossa afeição.

De tta

07

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 13/09/2007
Reeditado em 13/09/2007
Código do texto: T650539
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