Construção

O olhar que viu, tentou não se emocionar

Com cada verso que construiu ao poetar

Mania de ser assim, sempre tão especial

Fazendo o poema difícil como se natural

Pregando um verso aqui, outro ali, prumo

Alinhando o pensamento, certeza e rumo

Sempre encantando o olhar sobre a mesa

Papel visionário, construindo tanta beleza

E as mãos cheias de calo; calam toda voz

Emocionam corações sensíveis; e recriam

Seres livres de laços, e indiferente aos nós

Esses que prendem amores que resistiram.