Tear
O trem passa por entre as cidades
Levantando a poeira vermelha na velha estrada de chão
Abaixando os ferros dos trilhos como o rude juiz com seu martelo sentenciando o final
Carregam almas ao encontro de engenhos
E a vida dos que vagam
vazios de capital e cheios de sonhos
ao findar de mais um dia na cinza cidade
A conexão de um lado a outro é feita
De um lado, passageira que sou
Inconstantemente intransigente
Do outro, maquinista que és
Confecciona perfeitamente nas linhas do destino
Eu, ausente de cada lugar
Tu, tecelão no esmo tear