Todos somos ausentes

De tanto te procurar passo a perceber

O movimento da cidade

Os meus saltos só fazem barulhos no chão que você pisou

Não sei o que fazer com minha imaturidade quanto a impermanência

Mas todos na rua parecem desajustados

Com as ausências

Tem um desenho a carvão

De uma moça que a memória não conseguiu apagar

Garçons e flores que jamais serão entregues

Grupo de amigos querendo diversão

E eu vou seguindo com a música que fiz para

Quem jamais irá ouvir

Então toco para as árvores

Ou apenas com a esperança de um dia você ouvir

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 26/10/2018
Reeditado em 26/10/2018
Código do texto: T6486875
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