Janelas de Capitu

Das janelas entreabertas

A curiosidade coloca meus pés na ponta

Quase que como um ensaio de balé

Quero saber o que conta e como vive

As histórias que flutuam teu ser

Mas que horas são essas

Em que me perco no tempo

Que pude levar nos meus olhos

A memória do que conseguir ver

Me parece ter um salão de festa sem móveis

Com meia luz

E os sons do tamanho dos desejos

Batidos no peito

Para vossos pés correrem descalços

Teu jeito de mulher dos anos 30

Atenta a si

Com um olhar ressaqueado

Tudo se move

Até mesmo as montanhas

E água do mar tempestuando

Dentro do ser

É trovão desabando quando liga a tv

Paralisando humanos em greve de humanização

Entreabertas

Janelas de Capitu

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 24/10/2018
Reeditado em 25/10/2018
Código do texto: T6485132
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