Adaptação
O ódio que me toma,
É o mesmo que te sufoca.
A falha que te pôs no chão,
É a que endureceu meu coração !
Será que você entende ?
Escolhi ser a serpente
Pra não morrer como uma lebre.
Me adaptei nesse escuro,
Levantei daquele túmulo.
Cansei de ser o interlocutor,
Agora é minha vez de ser o locutor.
Se o que eu disser,
Vier sem pudor,
Perdão, sou familiarizado com o rancor !
Não quero mais ser o sábio,
Que só escuta e fica calado.
Agora, troco soco ao
Invés de abraço.
Quero uma luz
No fim do túnel,
Enxergar o nevoeiro.
Conhecer o caminho traiçoeiro.
Prefiro ser o caçador,
A ser mais um cordeiro !
Lutando mais que um espartano,
E nem sou grego!
Só mais um distúrbio
Dentro do meu interior.
A dor que me apodrece,
Agora me ergue,
Hoje nada me faz padecer.
Só quero crescer !