TRISTEZA DO CÉU
Nos bancos frios da praça,
Ao luar da madrugada,
Repousam os desvalidos,
Dormem o sono da desgraça.
Não há ali esperança.
Jovem, idoso ou criança,
Todos são vagabundos e
Bailam a mesma dança.
Cambaleia no embalo silente,
Em ébrias lucubrações,
Um caminhante notívago,
Em meio a tristes visões.
Pensa na sua alma e sente saudades do sol.
Ao ver a lua escorrer suave nos arvoredos,
Recorda os amores perdidos,
Suas dores e seus medos.
Olha pro alto e proclama:
Tu, com esse brilho e leveza,
É claro que não me enganas,
Do céu és maior tristeza.