Rascunho sobre um "Eu" cindido

E tudo provinha da forma como percebia o mundo,

cada metro quadrado das possibilidades,

cada centímetro das vivências,

carregadas, pois, de possibilidades afetivas,

das mínimas decepções,

das máximas conquistas,

essas tão vastas, tão potentes.

Se encontrou numa esquina,

num curto espaço/tempo,

que numa simplicidade ínfima,

lhe proporcionou um aprendizado significativo,

sobre si e soube os outros.

Estava perdido,

reprimido,

quis desistir,

duvidou de si,

e de toda a força que carregava,

por entre sua pele,

no fluxo sanguíneo,

no fluxo de pensamentos,

tão potentes,

tão próprios.

Foi um encontro tão potente,

na simplicidade de uma rua qualquer,

debaixo de um ipê amarelo,

em pleno setembro.

O mundo parou,

curvou àquele estado de contemplação.

Tempos remotos deram vazão ao Potente,

ao descobri-se,

ao perceber-se

ao conhecer-se,

ao encontro de si.