A pedra (de Drummond) e o passarinho.
—Vê a pedra no meio do caminho!?
Deixe-me que a leve, por favor!
Ela é uma prova de amor,
que a gaiola deu ao passarinho.
—Não tire essa pedra, seu doutor,
pois eu vou colocá-la no caminho
por onde voou, triste, o passarinho,
roubando, da gaiola, o esplendor.
E, dito assim: a pedra colocou
-como se fosse o peso da saudade-
lá, na gaiola, onde a liberdade,
de tão sentida, se petrificou.