Vejo com meu coração
Sua carência.
Apiedo-me.
Rogo misericórdia aos céus
silenciosamente.
Prostrando minhas veias
ainda pulsantes
sobre o abandono latente
de sua infância.
Vejo com meu coração.
Sua falta de jeito.
A psicomotricidade comprometida.
Ninguém lhe segurou a mão
para empunhar o lápis.
Para desenhar
a letra de seu nome
Para esquadrinhar a história.
sem rédeas,
sem esporas,
e sem cavalo baio.
Só havia uma esperança.
Uma singela tarde
Nuvens que dançavam flamenco
E como ciganas
previam o futuro.
E você chegou ao futuro..
Vejo com meu coração
Moído.
Envelhecido
Que você já venceu.
Mas, apenas não se convenceu disso.
Venceu a infância banida
Os sentimentos puídos
A rejeição momentânea.
O pigarro, a gagueira
e o eventual sem-jeito.
Apanhou-se como sujeito.
Escreveu sua história.
Com a sua letra.
Com a sua alma.
E, depois, se libertou
das dores e dos medos.
E, agora, também vê
com o coração...
Já dizia Exupery
Só se vê bem com o coração.
Sua carência.
Apiedo-me.
Rogo misericórdia aos céus
silenciosamente.
Prostrando minhas veias
ainda pulsantes
sobre o abandono latente
de sua infância.
Vejo com meu coração.
Sua falta de jeito.
A psicomotricidade comprometida.
Ninguém lhe segurou a mão
para empunhar o lápis.
Para desenhar
a letra de seu nome
Para esquadrinhar a história.
sem rédeas,
sem esporas,
e sem cavalo baio.
Só havia uma esperança.
Uma singela tarde
Nuvens que dançavam flamenco
E como ciganas
previam o futuro.
E você chegou ao futuro..
Vejo com meu coração
Moído.
Envelhecido
Que você já venceu.
Mas, apenas não se convenceu disso.
Venceu a infância banida
Os sentimentos puídos
A rejeição momentânea.
O pigarro, a gagueira
e o eventual sem-jeito.
Apanhou-se como sujeito.
Escreveu sua história.
Com a sua letra.
Com a sua alma.
E, depois, se libertou
das dores e dos medos.
E, agora, também vê
com o coração...
Já dizia Exupery
Só se vê bem com o coração.