Angústia
Angústia, palavra forte.
É desafio de quase morte.
Penetra a fundo, rasgando em corte.
Abre feridas, esvai-se a sorte.
Não há no mundo quem a suporte.
Em seu domínio, o que importe.
Perde o rumo, fica sem norte.
Desestrutura, fica sem porte.
É como a faca que corta a gente.
E a navalha que passa rente.
Tão caudalosa desce em corrente,
Na veia mole, tal qual serpente.
Sua presença é mais que ardente.
Febre no corpo, faz-se doente.
Desaforada é decadente.
Traz desespero no que se sente.
Aprisiona, tole a visão.
Traga em um gole a multidão.
Tal degradado em legião,
Que caminha sem rumo e direção.
Fogo em chama, nem pede perdão.
Escarnece a alma, mutilação.
Torna-se coxo, sem emoção.
Sem esperança na escuridão.
Angústia que parte um coração.
Matando aos poucos de solidão.
Angústia, palavra forte.
É desafio de quase morte.
Penetra a fundo, rasgando em corte.
Abre feridas, esvai-se a sorte.
Não há no mundo quem a suporte.
Em seu domínio, o que importe.
Perde o rumo, fica sem norte.
Desestrutura, fica sem porte.
É como a faca que corta a gente.
E a navalha que passa rente.
Tão caudalosa desce em corrente,
Na veia mole, tal qual serpente.
Sua presença é mais que ardente.
Febre no corpo, faz-se doente.
Desaforada é decadente.
Traz desespero no que se sente.
Aprisiona, tole a visão.
Traga em um gole a multidão.
Tal degradado em legião,
Que caminha sem rumo e direção.
Fogo em chama, nem pede perdão.
Escarnece a alma, mutilação.
Torna-se coxo, sem emoção.
Sem esperança na escuridão.
Angústia que parte um coração.
Matando aos poucos de solidão.