O sapo e a sola de sapato
O sapo e a sola de sapato
Não quero ser amigo do meu amor,
eu quero amar este.
Entretanto, as diferenças existem para serem superadas,
enquanto isto não acontecer,
eu vou chorar a perda do meu amor.
No mundo com tantas desigualdades,
do pobre e do rico,
do branco e do preto,
do sal e do açúcar,
não podemos viver apenas,
com um de dois felizes.
Com uma forcinha de ambos,
a felicidade acontece.
Basta que, enquanto um engole um sapo,
o outro saboreie uma sola de sapato.
Feito isto, ficam todos bem,
para viver a sobremesa das bodas de cinquenta.
Para que tudo isto aconteça,
tenho que ser amigo do meu amor,
dar uma passo de cada vez,
amar o sapo e a sola de sapato.
Paulo Cesar