“Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.”(O Pequeno Príncipe de Antoine Saint-exupéry)
Beleza cega
Poeta, eu fiz nascer a criatura:
bela, como há de ser a poesia!
A própria encarnação da estesia
parida em um espasmo de ventura.
Um mar... um oceano de candura,
o corpo de Afrodite, a voz de Íris,
os olhos, coloridos arco-íris,
de todas as donzelas, a mais pura.
E lá estava ela, pronta e bela,
a minha poesia-cinderela
à prova e ao olhar da multidão.
Mas algo lhe faltava, o que seria?
É que dei forma e cor à poesia,
mas esqueci de dar um coração.
A essência, que nos foge da visão,
o coração enxerga à revelia!
Beleza cega
Poeta, eu fiz nascer a criatura:
bela, como há de ser a poesia!
A própria encarnação da estesia
parida em um espasmo de ventura.
Um mar... um oceano de candura,
o corpo de Afrodite, a voz de Íris,
os olhos, coloridos arco-íris,
de todas as donzelas, a mais pura.
E lá estava ela, pronta e bela,
a minha poesia-cinderela
à prova e ao olhar da multidão.
Mas algo lhe faltava, o que seria?
É que dei forma e cor à poesia,
mas esqueci de dar um coração.
A essência, que nos foge da visão,
o coração enxerga à revelia!