DeVaNeIoS

Desde que vi o sol abrir seus olhos,

Desde sempre, porém só por um instante.

Penetrando sob um imenso céu

Azul e brilhante,

Comparei-o com os olhos

De uma poetiza amarga

Que não são vazios

Porém insaciáveis e sem fim.

Comparei-o também

Com os de uma criança

Que devaneia

Sem impor limites a sua imaginação.

Que vai voando

Em órbita com a vida

E sem rumo.

Só traz consigo

Uma única vontade,

Que é a de sentir na pele

De verdade,

A doce ofuscancia

Da luz da vida.

Percebi-me em alguns instantes,

Procurando em olhos ofuscantes

Um brilho que jamais encontrei.

Mas sei que em algum lugar,

De joelhos posso jurar,

Esse brilho encontrarei.

E a doce poetiza amarga,

Dividirá sua carga

E junto aos olhos ofuscantes

Na pele irá sentir

O que de verdade é a luz da vida.

E a doce poetiza sofrida

Saberá viver sua vida

Pois aprendeu quando criança,

Que sempre é possível voar

E sempre de pés no chão.

Anja do tempo
Enviado por Anja do tempo em 05/09/2007
Código do texto: T639006
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