Sem Maldades
De simplório em simplório
Encheu-se o purgatório
De gente sem malícia.
O céu virou um inferno
Pois não tinha mais caderno
Onde os nomes anotar.
Do inferno caiu o véu
E o falatório se espalhou:
O inferno virou céu.
Tudo agora é igual
Quem fez bem e quem fez mal
Vai para o Congresso Nacional.
Covil de demônios e anjos
Não há lugar para arcanjos
Nem que se faça um “arranjo”.
(Publicado na antologia “XI Komedi”, da editora Komedi, São Paulo, 2007 e na antologia “O Amor na Literatura”, da Casa do Novo Autor Editora, São Paulo, 2006)