CORRER...
Juliana Valis
Corremos sempre do temor dos dias,
Escondemos as dívidas entre os sonhos
Desvanecidos em chamas fugazes, frias
De sentimentos alegres ou tão tristonhos
Que vagam pelos pensamentos como vias
Do mundo, em tempos simples ou medonhos,
No profundo abismo que desaba em nós...
E nossos olhos, sós, no labirinto triste
Do tempo que marcha sem qualquer perdão,
Vislumbrando a injustiça que no mundo existe,
Ferindo, no âmago, o próprio coração,
Em cada enigma que, em nós, persiste,
Nessa breve estrada dos dias que se vão !
Ah, leve chama que a existência brada,
Tão incauta, efêmera no que o tempo armou,
Ajude-nos a superar o insensatez do nada,
Na altivez do sonho, do profundo amor !
E quando, enfim, soubermos já viver com calma,
Sem deixar que a essência naufrague em sofrimento,
Talvez possamos elevar a alma,
Além do mundo estúpido, em cada trecho lento.
Juliana Valis
Corremos sempre do temor dos dias,
Escondemos as dívidas entre os sonhos
Desvanecidos em chamas fugazes, frias
De sentimentos alegres ou tão tristonhos
Que vagam pelos pensamentos como vias
Do mundo, em tempos simples ou medonhos,
No profundo abismo que desaba em nós...
E nossos olhos, sós, no labirinto triste
Do tempo que marcha sem qualquer perdão,
Vislumbrando a injustiça que no mundo existe,
Ferindo, no âmago, o próprio coração,
Em cada enigma que, em nós, persiste,
Nessa breve estrada dos dias que se vão !
Ah, leve chama que a existência brada,
Tão incauta, efêmera no que o tempo armou,
Ajude-nos a superar o insensatez do nada,
Na altivez do sonho, do profundo amor !
E quando, enfim, soubermos já viver com calma,
Sem deixar que a essência naufrague em sofrimento,
Talvez possamos elevar a alma,
Além do mundo estúpido, em cada trecho lento.