Prateada Lua
O folhear diário dá uma trégua,
Abastecida, a mente adormece;
Sonha poemas, distante léguas,
Uma jornada que não arrefece.
Vida uma constante indiferença,
Marcando o passo bem devagar;
E ainda assim, manter a crença,
Manter a fé, e continuar a andar.
Divagar sobre as coisas e fatos,
Fito as sombras tentando te ver;
Vidro quebra, cai em um sapato,
Barulho seco, estalos ao descer.
Escadas que o tempo construiu,
Ruiu sonhos na madrugada fria;
Poesia que era prosa disfarçada,
Prateada Lua emoldurada, fluiu...