Normalidade
E o mundo é grande e as pessoas poucas...
Em almas grandes e pequenas, asas toscas
Asas normais, embriagadas, poetas, loucas
Unidas, esquecidas, ou entregues às moscas
Invisibilidade de corações, orações silenciosas
Sinceras petições ao céu se erguem e as mãos
Agradecem, expõem feridas cáusticas; ociosas
Queimaduras que dilaceram o ser, o coração
Normalidade de sorrisos, esperas vãs, inúteis...
Poesias nuas em palavras sombrias e sem chão
Um desassossego em verdades parecendo fúteis
No circular do tempo implorando a consumação.