Um monstro e sem cérebro
Sou um monstro que muitos
Tem a mania de amar
Quem me conheceu, me odeia
E tem medo que eu abra a boca
Engulo o sapo dos meus amigos
Se eu falasse algo
Faria que eles perdessem a visão
De tão arregalado que ficariam seus olhos
Tenho um lado tão negro
Que não dá pra ser racista
Um lado tão obscuro
Que não se entende quando tem sol
Posso fazer qualquer um chorar
Posso desmontar os argumentos
Posso provocar a raiva
E desmantelar os pensamentos
Seus conceitos sobre mim
São tão verdadeiros
Que me chama de deus
Suas mentiras são tão boas
Que as põe como colunas
Para idolatrar o próprio ego
E sacanear sua vitrine
Tens ilusões tão boas
Que tende a ver a realidade
E propagar a História
A partir delas
Todas as tuas colunas são fracas
Teus argumentos são medíocres
Acreditaria se eu dissesse?
Não, porque não tens cérebro
Os conceitos científicos nascem de ti
Tu que és a verdade absoluta
Se não te agrada crítica e põe fim
Pois não pensas assim