Cacos de vidro

Cacos de vidro

Como cacos de vidro

Esparramados no chão

Distraído ou não

O corte é o castigo.

O sangue, fraqueza em perigo

A dor, o sufrágio da ação

A cicatriz, a natureza e o perdão

Por tantos atos destemidos.

O caco de vidro é o sofrer

O abalo do vívido coração

É a luta por permanecer.

É o medo do obscuro da aversão

É sentir a incapacidade do poder

Ser capaz de adaptar-se à inovação.

O corte de vidro

Estilhaços que não se juntarão

E que jamais seja o destino do coração

Tão bravo em bater, o destemido.

Marcel Lopes

30/05/2018