Balde de desinformação

Um balde de desinformação passeia cheio, de mão em mão

Arregalando os olhos sedentos

Os que sabem, não sentem sede e nem enxergam tal balde

Muitos dos outros que a tudo diz conhecer, molham o rosto e lavam ali Suas mãos confirmando nada saber

Tudo muda, mesmo antes de cada gota cair no chão

A água não foi filtrada

Deixando apenas o dissabor

Bebes, banha-te, lava o alimento

Para depois cozinhar

Um desperdício tremendo

Da água, do balde e do ser sedento

Em respeito aos que sabem

Deixo o balde transbordar longe de mim

Longe do que acho que sei

Em outros baldes transbordarei

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 29/05/2018
Reeditado em 31/05/2018
Código do texto: T6350120
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