Onde está o amor que tanto falamos?
Se muitos falam de amor,
Porque a intolerância reina?.
Porque muitos se odeiam,
Se criam guerras,
Levantando a bandeira da paz?
É complexa a vontade do homem,
De querer coisas boas,
Disseminando o mal.
Nunca vi uma mãe feliz,
Pela medalha de honra ao filho morto na guerra.
Estamos distantes demais,
De sermos seres superiores
Como nos julgamos.
Apenas analisemos,
Em uma vasta timeline da história,
Quantas guerras banais criamos?.
Não tenho orgulho de parte de nossa evolução,
Viramos ilhas
Que se conectam por redes,
Somos tão máquinas,
Como as quais criamos.
Talvez a vaidade nos cegue do óbvio,
Que trilhar o caminho da simplicidade
É algo muito mais humano.
Ter a bondade de dividir e se contentar com o necessário.
Sem almejar ter o que é do outro,
E que não lhe faz falta.
Precisamos deixar de querer ser o centro do universo,
A única forma pensante de vida
Que cria o progresso.
Pois estamos sim em um retrocesso,
Uma ignorância mórbida
Que nos corrói por dentro e por fora.
Já está na hora,
De descartarmos nosso lixo,
Viver somente do que é preciso,
E amar uns aos outros,
Não somente na forma poética ou divina da palavra.