Eu sou a Terra
Eu sou a Terra
Maltratada pelo terror da guerra
Quando fizeram pisar o meu chão.
E guardo um passado de dor e solidão.
Estou na árvore que plantaram
Mas se esqueceram de regar.
Seus galhos, teimosos, vingaram
Por sua vontade de viver e de lutar.
Estou nas vegetações rasteiras
E nas águas das cachoeiras.
Se de tudo hoje sou nada
É fiquei no pó da estrada
Que não queres respirar.
Resisto o passar do tempo
Forte, forte como o vento
E se fraquejo comigo
Sou humilde e faço
Um simples pedido:
Cuidem melhor de mim!
Para que germinem a vida e a paz
Para que o meu triste e iminente fim
Seja adiando para o nunca mais.