A sós comigo mesmo.

“Deixe-me só,respeite o meu estado, eu preciso ser eu, descobri o que ainda não sei, vê mais sobre mim, o que permanece embaçado.

Ao passo que ando cercado externamente vivo de forma tão intensa internamente que, por vezes transito pelas amizades, afogo-me nos relacionamentos e sinto-me cheio de mim e vazio dos outros.

E, sempre retomo o caminho tentando deixar de ser o que sou, só.

Invisto, outra vez, na transformação que só verei em mim, pois ninguém pode ser o que eu desejo, só eu mesmo posso tentar acertar e me satisfazer.

Por isso, ando, caminho, observo, tento e vivo a existência assim: só. Só buscando aprender comigo a ultrapassar as minhas próprias mazelas interiores, os meus próprios demônios sorrateiros que, ainda que o tempo tenha transcorrido, eles permanecem agarrados a mim.

Só tentando humanizar as minhas próprias desumanidades.

Só tentando ser... ser eu mesmo.

Só, não por me bastar, mas por querer, apenas, me superar e me conhecer bem antes de me entrelaçar a outrem, outra vez.

Porque eu só preciso, só desejo conhecer-me, pois somente só é que se consegue perceber o imperceptível.

Nela está a minha essência e preciso descortinar este trajeto natural sozinho.

Por isso insisto: Deixe-me ficar a sós comigo!”